quinta-feira, 2 de junho de 2011

Solitude

          Em nossos dicionários a tradução para solitude é a mesma que solidão que dentre suas traduções está: Sensação de quem se sente sozinho, isolado, mesmo estando entre outras pessoas; isolamento; solitude.” [1] Porém a solitude é mais que simplesmente um estado de isolamento ou solidão.  Foster (2007, p.143) inicia com uma frase muito importante, ele diz: “Jesus convida-nos a sair da solidão e a entrar no solitude.” Embora muitos de nós tenhamos medo de estar só, o que faz com que sempre busquemos as algomerações, os locais onde sempre haverá alguem, pois é fato que temos medo, ou mesmo não gostamos de estar só, porém o que muitas pessoas não se dão conta é que no silêncio da solitude nossa alma é desligada dos sons, não importa quais sejam. Sobre o silêncio  Willard (2003, p.186) destacca que, “muitas pessoas jamais experimentaram o silêncio, nem se dão conta de que não sabem sequer o que ele significa.”
            Muito mais que estar só, podemos dizer que a solitude é uma condição de nossa mente ou um estado do coração, diferentemente da solidão, como descreve Foster (2007, p.144) quando diz, “A solidão é o vazio do lado de dentro. A solitude é o interior preenchido.”
            Para entendermos a importância da solitude, ou do silêncio em nossa vida, muitas vezes precisamos ir buscar essa informação dentro de nos mesmos, em nossa mente, pois em alguns casos a desordem ou a falta de silêncio está nesse ponto.  Ricard (2009, p.64) ao olhar para essa questão vai dizer que:
Nossa mente é, na maior parte do tempo, instável, caprichosa, desordenada, empatada entre a esperança e o medo, egocêntrica, hesitante, fragmentada, confusa, por vezes até mesmo ausente, enfraquecida pelas contradições internas e pelo sentimento de insegurança. Além disso, ela é rebelde a todo o treinamento e encontra-se constantemente ocupada com sua tagarelice interior que mantém um ruido de fundo que mal percebemos.

            No dia-a-dia de nossas interações nos prendemos a padrões de sentimentos com pensamentos e ações que são gerados, muitas vezes por um mundo que busca viver contra Deus. Nesse contexto a solitude nos permite uma libertação desses comportamentos que estão arraigados em nós, impedindo nossa conexão com a ordem divina, Willard (2003, p.183) vai dizer que, “ a solitude na verdade nos liberta”.

Bibliografia
Foster, R. J. (2007). Celebração da Disciplina: o caminho do crescimento espiritual. São Paulo, SP: Editora Vida.
Ricard, M. (2009). A Arte de Meditar: Um guia prático para os primeiros passos na meditação. São Paulo,SP.: Editora Globo.
Willard, D. (2003). O Espírito das Disciplinas. Rio de Janeiro, RJ.: Habacuc.





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