sábado, 11 de setembro de 2010

Um Chamado Missionário.

Um missionário! Algo que durante a minha vida na caminhada cristã seria impensável até bem pouco tempo. Mas o fato principal é que na maioria das vezes nós idealizamos algo, porém esquecemo-nos de perguntar a Deus o que Ele idealizou para nós. Isso foi basicamente o que me aconteceu em relação a missões.

Desde a minha conversão sempre tive uma vontade atrelada à convicção de que queria realizar um trabalho na obra do Senhor, porém meus ideais haviam sido focados no trabalho do ministério local. Sempre participei de congressos, conversei com os missionários, achava muito bonito e legal o trabalho desempenhado por esses irmãos, mas nunca havia passado por minha cabeça que seria chamado por Deus para ser um dos “loucos que deixam tudo para trás, e vão adiante fazendo a obra do Senhor”.

O interessante que eu vejo em nossa caminhada cristã é o modo como Deus age e trata com cada um de nós. No meu caso, as minhas duas maiores vontades eram: casar-me e ser um trabalhador da obra. Porém o que eu não sabia e provavelmente nem minha amada esposa soubesse é que no dia em que fui tocado e senti-me chamado para a obra missionária, ambos estávamos na mesma igreja mesmo sem nos conhecermos e nem nunca imaginar que nos casaríamos. As voltas que o mundo dá, ou que o Senhor o faz dar, levou-nos a um lugar onde um tempo depois, após muitas andanças decidiríamos dizer sim ao chamado de Deus e realmente ir aonde Ele quiser nos enviar. Esse “incrível” acaso do Senhor ocorreu quando foi realizado na PIBB – Primeira Igreja Batista de Brasília, uma conferência missionária organizada pela Convenção Batista do DF, onde o preletor era o pastor Jimi da Jocum, nesse dia após uma palavra do céu realmente direcionada aqueles a quem o Senhor havia escolhido ali naquele lugar pude sentir de uma forma como nunca antes, o toque do Senhor para essa missão, o IDE.

Após essa conferência, mesmo não querendo demonstrar, ou até mesmo aceitar, fiquei com esse chamado guardado, e sempre dizia a mim mesmo: quando for a hora o Senhor dirá.

Tempos depois mudei-me para outra igreja e lá pude desenvolver o que pensava ser o IDE do Senhor para minha vida. O que eu não sabia era que, as voltas que o Senhor faz o mundo dar estava acontecendo de novo. Nessa igreja pude desenvolver vários trabalhos missionários locais e participar de um treinamento na Jocum de Brasília, onde o IDE tornou-se IDE mesmo. Ainda nessa igreja, conheci uma moça muito linda quando realizávamos um trabalho junto aos moradores de rua do Guará e Núcleo Bandeirante, nessa época ela era estudante de pedagogia e fazia parte da equipe de coordenação do ministério infantil da igreja. Fui tocado pelo Senhor, oh glória!

Passado um ano nos casamos e olha o primeiro desejo cumprido! O engraçado é que Deus olha sempre para os mínimos detalhes, lembro-me que uma das qualificações que eu havia colocado junto a Deus para saber quem seria minha esposa era uma pergunta bem simples: Se um dia eu chegar para você e disser: vamos deixar tudo para ser missionários em um país distante? O que você diria? A resposta deveria ser sim, sem pestanejar, e foi desse modo que aconteceu.

Aos nove anos de idade ao escutar pela primeira vez a música “posso ser um missionariozinho” minha esposa afirma ter sentido algo diferente em seu coração. Apesar de não compreender exatamente do que se tratava, ela conta que decorou a música quase toda na primeira vez que ouviu e que sempre ecoava em seu interior as frases: “posso ser um missionariozinho se falar de Cristo ao companheirinho...Ei de orar e trabalhar fielmente, caso Deus me chame seguirei contente...” Segundo ela, após ter ouvido e decorado esse cântico uma única vez, passaram-se treze anos até que ela o escutasse novamente em uma Escola Bíblica de Férias onde estava auxiliando o trabalho na igreja de uma amiga. Aos poucos o Senhor foi sinalizando algumas confirmações sobre o chamado da Sandra, que na verdade não é só dela (mas isso ela ainda não sabia). Na mesma Conferência Missionária que o Senhor falou comigo sobre missões, Ele também trouxe um entendimento por meio da ministração do pastor Jimi, que segundo ela foi expresso no texto de Gênesis 12.1-3 no chamado de Abraão (isso eu nem me lembrava). Ela conta que o pastor Jimi falou que era mais fácil deixar tudo para ser missionário quando ainda se é muito jovem e não constituiu família, mas que o desafio maior era quando a pessoa já tinha uma família formada e teria que abrir mão de tudo para a obra do Senhor.

Algum tempo depois retornamos a PIBB, e ficamos freqüentando a igreja sabendo que um dia Deus iria nos direcionar. E foi isso o que aconteceu quando em uma pregação do pastor Vinicius, ele fez uma abordagem sobre o chamado missionário, com várias necessidades dos campos, pois até então eu havia iniciado o curso de teologia, mas ainda não sabia ao certo o que poderia fazer quando me formar. Fiquei muito tocado quando ele disse que em Moçambique havia uma necessidade de professores de teologia, então comecei a pensar, que poderia ser interessante. O que realmente marcou-me foi quando em uma conversa com um de meus professores na faculdade ele disse: “Dar aula aqui é o meu chamado para a obra de Deus, pois quando preparo e ensino vocês, eu invisto e faço a obra a qual Deus me chamou”. Pensei em meu íntimo: então é isso! Algum tempo depois conversei com minha esposa, que ficou muito interessada e perguntou: “Quando nós iremos?”

E assim oramos colocando diante de Deus esse desejo agora nosso, e cremos ser também do Senhor. Após algum tempo procuramos nossa liderança e comunicamos a eles esse desejo de podermos servir ao Senhor em um lugar distante e trabalhando em algo que gostamos que é a arte de educar e ensinar pessoas.

Hoje estamos em fase de preparação, onde após concluir o curso de teologia que espero ser em julho de 2011, estaremos arrumando nossas malas e partindo para a JAMI, e de lá para onde o senhor nos enviar iremos.

O Verdadeiro Pão da Vida

TEXTO:



João 6: 26-59

26 Jesus respondeu: “A verdade é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos. 27 Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem lhes dará. Deus, o Pai, nele colocou o seu selo de aprovação”.

28 Então lhe perguntaram: “O que precisamos fazer para realizar as obras que Deus requer?”

29 Jesus respondeu: “A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou”. 30 Então lhe perguntaram: “Que sinal miraculoso mostrarás para que o vejamos e creiamos em ti? Que farás?

[...]

35 Então Jesus declarou: “Eu sou o pão da vida”. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede. 36 Mas, como eu lhes disse, vocês me viram, mas ainda não crêem. 37 Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei. 38 Pois desci dos céus, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou. 39 E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. “40 Porque a vontade de meu Pai é que todo aquele que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”.

[...]

43 Respondeu Jesus: “Parem de me criticar. 44 Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu o ressuscitarei no último dia. 45 Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão ensinados por Deus’ . Todos os que ouvem o Pai e dele aprendem vêm a mim. 46 Ninguém viu o Pai, a não ser aquele que vem de Deus; somente ele viu o Pai. 47 Asseguro-lhes que aquele que crê tem a vida eterna. 48 Eu sou o pão da vida. 49 Os seus antepassados comeram o maná no deserto, mas morreram. 50 Todavia, aqui está o pão que desce do céu, para que não morra quem dele comer. 51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo”.

[...]

53 Jesus lhes disse: “Eu lhes digo a verdade: Se vocês não comerem a carne do Filho do homem e não beberem o seu sangue, não terão vida em si mesmos. 54 Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55 Pois a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. 56 Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57 Da mesma forma como o Pai que vive me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa. 58 Este é o pão que desceu dos céus. Os antepassados de vocês comeram o maná e morreram, mas aquele que se alimenta deste pão viverá para sempre”. 59 Ele disse isso quando ensinava na sinagoga de Cafarnaum.

INTRODUÇÃO:

Tanto na época de Jesus, como em nossos dias as pessoas queriam e querem acompanhar a Jesus por algum interesse, ou pelo alimento como nos diz o texto ou pelos mais variados interesses.

Mas e quanto ao interesse de Cristo em você e na obra a qual Ele lhe chamou a fazer? Qual o seu interesse hoje aqui ou em sua igreja? Qual a sua real motivação em buscar a Jesus hoje? Qual o preço que você está disposto a pagar?

TESE:

Uma Palavra Dura!

1. O que Buscamos em Cristo?

O que podemos verificar no texto é que muitas pessoas que ali se encontravam ficaram tão maravilhados com o milagre da multiplicação dos pães que quiseram estar perto de Jesus para que, como foi no deserto quando Deus enviou o maná, que essa provisão nunca terminasse.

Assim também nos dias atuais Jesus, tem deixado de ser o pão da vida, ou seja, o pão que dá a vida eterna, e tornado-se o supridor oficial das necessidades das pessoas. Quanto a esse tipo de desejo Cristo replicou de forma fria para que as pessoas ali presentes não desejassem o que perece, mas sim o alimento superior, ou seja, aquele que supre a alma e o espírito.

Hoje em dia o que temos vivido e presenciado é justamente o contrário, pois líderes têm diferentemente do que disse Jesus, incentivado as pessoas a buscarem e até mesmo a “cobrarem” aquilo que lhes é desejado hoje.

Vivemos em um tempo em que o ter, principalmente nas igrejas, tem sido mais importante do que o ser. Pessoas têm lotado os templos religiosos em buscas das promessas daqueles que não possuem o mínimo de escrúpulos, e vendem um Cristo que é obrigado a dar aquilo que você tem desejado, pessoas que não tem o mínimo caráter ou dignidade e compaixão para com o seu próximo, pois esses, se agradam em tirar tudo daqueles que se permitem e desejam o tudo.

A pergunta que faço hoje é: que tipo de cristãos estamos formando ou que tipo de crentes teremos em nossas igrejas amanhã?

Devemos entender que Cristo não é um objeto, ao qual vendedores podem vender ou barganhar com as pessoas. O pão da vida não é dinheiro, ou fortuna para essa vida.

Jesus é o pão da vida, Ele é a vida eterna, e não uma mera mercadoria para que nós o negociemos em nossas igrejas.

Sendo assim, temos que buscar o que o Senhor realmente queria no dia do discurso de Cafarnaum, e o quer de nós ainda hoje. Isso nos leva ao próximo ponto que é: O que Cristo espera de nós.

2. O que Cristo espera de nós:

28 Então lhe perguntaram: “O que precisamos fazer para realizar as obras que Deus requer?”, 29 Jesus respondeu: “A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou”.

O que fazer?

Quando questionado sobre o que seus discípulos deveriam fazer Jesus lhes disse: “A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou”. Com uma observação fria a respeito de seu verdadeiro motivo e zelo e uma exortação para desejarem um alimento superior àquele que perece. Ou seja, que a grande obra-teste que poderiam realizar naquele momento seria o receber a Ele mesmo como enviado de Deus.

O que querem

Isso levou a uma exigência, da parte deles, de uma evidência em apoio dessa elevada reivindicação de ser o Messias divinamente comissionado.

No que essa reivindicação tem relação com você hoje? Qual reivindicação você tem feito ao Senhor para fazer a vontade d’Ele?

O que Cristo Quer.

O que muitos não entenderam e não entendem ainda hoje, é que o verdadeiro significado do pão da vida não é somente o maná do deserto, mas sim a vida dada não a uma nação, mas a um mundo, e não meramente a vida por uns poucos e curtos anos, mas vida eterna.

O que devemos entender e ensinar hoje é que: A morte de Jesus deve ser a vida dos homens; e que seu corpo partido e seu sangue derramado devem ser comida e bebida para um mundo que está perecendo. Portanto esse pão da vida é o que veio do céu; não como o maná, o qual foi dado no deserto, em que todos os que o comeram estão mortos: aquele que come desse pão viverá para sempre. Dessa forma esse é o pão celestial: o próprio Deus-homem encarnado, crucificado e glorificado. Jesus é o pão da vida.

Qual a sua real motivação em buscar a Jesus hoje? Qual tem sido seu ensinamento sobre o verdadeiro pão da vida?

3. Conclusão:

O Sermão sobre o pão da vida produziu efeitos decisivos. Ele converteu o entusiasmo popular por Jesus em repugnância; como uma pá de ventilar trigo ele separou os discípulos verdadeiros dos falsos; e, como uma brisa joeirando, soprou a palha, deixando um pequeno resíduo de trigo para trás. “Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo”. De certo modo esse resultado não pegou a Jesus de surpresa. Ele o esperava, embora ficasse profundamente magoado com ele. O que Jesus não queria era que ninguém viesse a ele enganado ou o seguisse por motivos secundários. Sendo assim esse discurso místico, adequado para ser um odor de morte e vida, variando conforme o estado espiritual do ouvinte, não foram ditas com o objetivo de irritar, mas considerava certo dizê-las a eles, embora ficassem irritados, reconhecendo que os verdadeiros crentes não se ofenderiam e que aqueles que se ofendessem, dessa forma, revelariam seu real caráter.

A grande ofensa de Jesus era essa: ele não era quem eles tinham pensado que fosse; ele não ia estar a serviço deles, assim como não o está hoje, para promover os objetivos que tinham em vista. O que quer que ele pretendesse dizer com “pão da vida”, ou “comer sua carne”, estava claro que ele não ia ser um pão-rei, escolhendo como função fornecer suprimentos a seus apetites físicos, conduzindo-os a uma era dourada de ociosidade e fartura.

Sendo assim ele podia e pode hoje oferecer o alimento espiritual, mas naquela época eles o rejeitaram. E hoje, você o aceita somente?

Qual tem sido sua motivação de buscar a Jesus hoje?

Busque-o pelo que é correto, e creia somente.

Postagens populares